Já ouviu falar em direito à subscrição de ações? Se você está começando no mundo dos investimentos de renda fixa, já deve ter escutado esse termo ou até recebido um e-mail da corretora falando a respeito. Acontece que alguns investidores têm direito a essa tal subscrição, a partir do momento que já adquiriram ações – ou cotas de fundos – de uma empresa. Na prática, isso significa que você pode comprar mais cotas daquela empresa por um valor mais baixo. Quer entender mais? Então continue lendo o artigo! O que é a subscrição de ações? O direito de subscrição é como se fosse uma vantagem concedida aos investidores que já são acionistas de determinada empresa. Essa vantagem é a preferência para comprar mais ações ou cotas quando a empresa abre mais capital na Bolsa de Valores. Além disso, pode significar comprar a um preço mais abaixo daquele que será oferecido ao restante do mercado. Muitos entendem a subscrição como uma forma de “programa de fidelidade” ou incentivo da empresa. Em resumo, ela é um privilégio na hora de comprar mais ações ou cotas de empresas e fundos nos quais você já investe e que abriram mais capital. Imagine que uma empresa ou fundo imobiliário na qual você já investiu precisa captar mais recursos financeiros e emite novas ações e cotas no mercado. Ela pode dar preferência para a compra dessas cotas aos seus investidores, inclusive você. Ou seja, direito à subscrição. Quais são as vantagens de aderir a essa preferência? Como mencionado, as empresas se beneficiam ao conceder o direito à subscrição. Afinal, mantém a fidelidade de seus acionistas ao mesmo tempo que captam mais recursos. Mas para o investidor também há vantagens: alcança melhores resultados na carteira de investimentos aumenta o capital na Bolsa adquire ativos por um valor muitas vezes menor do que o de mercado homem segura celular com gráfico que mostra oscilação da Bolsa de Valores Investidores com ações na Bolsa podem ter direito de subscrição Como realizar a subscrição? O investidor que tem o direito de subscrição pode receber um e-mail informando isso. Ou, ele pode por conta própria entrar em contato com a corretora e informar o desejo de subscrever. O processo em si vai variar de acordo com a instituição financeira. Mas será necessário já ter em mão o capital necessário para comprar a ação ou cota. Depois da compra, um recibo de subscrição com prazo será adicionado à carteira do investidor. Vale destacar que não há custos para ter direito à subscrição. Nem corretagem, emolumentos, taxa de liquidação ou ISS. Porém, se você negociar esse direito (compre ou venda), serão cobradas as taxas – de corretagem, emolumentos, taxa de liquidação, ISS – no processo. Como vender meu direito à subscrição? Se você recebeu um comunicado da corretora informando que tem direito de subscrição, mas não pretende usá-lo, você pode negociar esse benefício com outros investidores, desde que as regras da empresa permitam. Basta vendê-lo no pregão da Bolsa de Valores. Lembre-se que esse direito tem um prazo e deve ser negociado dentro dele. Assim como as ações, eles serão identificados por um código – quatro letras referentes à empresa, seguidos pelo número 1 ou 2, dependendo do tipo de ação. A negociação acontece da mesma forma que uma negociação no mercado à vista. Ou seja, basta procurar os direitos pelos seus respectivos códigos e realizar a operação desejada. Os recibos de subscrição também podem ser negociados – também serão identificados por meio de um código. Porém, somente enquanto eles não foram efetivamente convertidos na ação, é claro. Depois que o direito é exercido, as operações são liquidadas. Compra e venda no mercado secundário É possível comprar e vender direitos de subscrição no mercado secundário. Ou seja, negociar diretamente com outros investidores por meio de uma home broker. Mas no caso da compra, a operação pode levar até dois dias úteis para ser processada pela Bolsa. Depois de comprar o direito de subscrição no mercado secundário, o comprador pode exercê-lo normalmente, dentro do prazo.