Todo ano, o valor do salário mínimo é corrigido para acompanhar a inflação. E junto com ele, benefícios previdenciários também. Porém, todos os benefícios precisam respeitar o teto do INSS. Esse teto, como o nome sugere, é o limite a que um benefício pode chegar. Tanto ele, quanto o salário mínimo são corrigidos anualmente com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Em 2022, o salário mínimo teve alta de 10,18% em relação ao valor do ano passado, o que significa que aumentou R$112 – R$2 incorporados para compensar o reajuste abaixo da inflação em 2021. Logo, o teto do INSS também terá um aumento com quase o mesmo percentual, só um pouco menor: 10,16%. Por isso, os aposentados e pensionistas do INSS que recebem benefícios acima do salário mínimo devem ter reajuste de até 10,16% na remuneração. Qual é o teto do INSS 2022? No ano passado, o valor era de R$6.433,57. Com o reajuste de 10,16% mencionado acima, o teto do INSS passa a ser de R$7.087,22 em 2022. Esse teto vale para os benefícios da Previdência Social acima do salário mínimo, como o auxílio-doença, aposentadorias etc. Todos esses benefícios não poderão ultrapassar o limite. O teto começa a valer a partir de 1º de fevereiro, quando será paga a folha de janeiro. Porém, ainda será divulgada uma portaria que oficializa o reajuste salarial dos beneficiários do INSS que recebem mais de um salário mínimo. INSS na tela de um celular Teto do INSS será reajustado em 10,16% em 2022 Como ficam os benefícios acima do salário mínimo? Sim, o reajuste do teto do INSS e do salário mínimo têm impacto nos valores dos benefícios. Afinal, se tudo aumentou, os valores recebidos pela Previdência também precisam aumentar. Como dito acima, o teto estabelece o limite até onde um benefício pode chegar. Mas além disso, assim como o próprio teto sofreu reajuste de 10,16%, os benefícios também sofrerão. Aposentados e pensionistas do INSS que recebem benefícios acima do salário mínimo devem ter reajuste de até 10,16%. Ou seja, o percentual pode ser menor que esse. Mas isso vale apenas para quem já recebia pagamento da Previdência em janeiro de 2021. Quem começou a receber depois disso, ao longo do ano passado, terá reajuste proporcional. Quanto mais recente foi o mês de início de recebimento, menor o percentual de reajuste. Afinal, quem se tornou beneficiário a partir de fevereiro de 2021, não recebeu 12 meses cheios de pagamentos. Os reajustes proporcionais também serão regulamentados nos próximos dias pelo Ministério do Trabalho e Previdência e pelo INSS. Mas já é possível estimar como ficarão os valores, a partir da quantia recebida em 2021 e do INPC. Confira a tabela de reajuste dos benefícios previdenciários do INSS, elaborada pelo portal de notícias G1. Reajuste dos benefícios previdenciários em 2022, até o teto do INSS: Valor recebido em 2021 Valor a receber em 2022 R$ 1.100 R$ 1.212 R$ 1.200 R$ 1.322 R$ 1.300 R$ 1.432 R$ 1.400 R$ 1.542 R$ 1.500 R$ 1.652 R$ 1.600 R$ 1.752 R$ 1.700 R$ 1.852 R$ 1.800 R$ 1.952 R$ 1.900 R$ 2.093 R$ 2.000 R$ 2.203 R$ 2.100 R$ 2.313 R$ 2.200 R$ 2.423 R$ 2.300 R$ 2.533 R$ 2.400 R$ 2.643 R$ 2.500 R$ 2.754 R$ 3.000 R$ 3.304 R$ 3.500 R$ 3.855 R$ 4.000 R$ 4.406 R$ 4.500 R$ 4.957 R$ 5.000 R$ 5.508 R$ 5.500 R$ 6.058 R$ 6.000 R$ 6.609 R$ 6.433 R$ 7.087 Como conseguir a aposentadoria pelo teto do INSS? Esta é uma dúvida muito comum: como conseguir a aposentadoria pelo teto do INSS? Ou seja, como conseguir se aposentar recebendo o limite permitido pela lei. É preciso ser realista e entender que essa é uma possibilidade, mas não para todos os trabalhadores. Além disso, é difícil conseguir alcançar a aposentadoria pelo teto. Mas vamos lá, para obter esse valor ao se aposentar, o trabalhador primeiro precisaria se enquadrar em dos perfis: contribuinte individual contribuinte facultativo empregado doméstico empresário Além disso, para receber o valor máximo da aposentadoria ele precisaria fazer uma contribuição de 20% sobre o teto (R$1.417,44 em 2022) e também ter um período de contribuição maior que o exigido. Aí sim, em alguns casos, o percentual de cálculo ultrapassaria 100% da média salarial e a pessoa conseguiria receber o teto. Mas há quem contribua a vida inteira e se assuste na hora de solicitar o benefício, porque não consegue o teto. Mas por quê? Acontece que o INSS considera: 60% da média de todos os salários 2% por ano extra de contribuição Ano extra de contribuição significa: aquele que ultrapassar 20 anos, no caso dos homens, e 15 anos, no caso das mulheres. Logo, para receber 100% de sua média salarial e atingir o teto, homens precisariam contribuir durante 40 anos e as mulheres, 35 anos.