O número de famílias endividadas atinge dados alarmantes. O que faz com seja uma necessidade de evitar o consumo excessivo e alguns casos até fazer cortes no orçamento.
Afinal, pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta que o percentual de brasileiros com dívidas chegou a 67,5% em abril deste ano.
Esse dado representa um aumento de 0,2 ponto percentual em relação a março de 2021 (a quinta seguida) e de 0,9 ponto percentual em relação a abril de 2020.
Boa parte dessas dívidas foram feitas por meio do cartão de crédito, de acordo com a pesquisa de abril. A modalidade de pagamento atingiu o recorde histórico de 80,9% do total de famílias.
Cheque especial e crédito consignado também se destacaram entre as modalidades mais procuradas na passagem mensal. Assim como os financiamentos de casa e carro, pela elevada liquidez e juros ainda baixos.
O que faz com que muitas pessoas se enrolam em dívidas e acabam até mesmo ficando com restrição no nome. Na grande maioria dos casos, isso acontece porque a pessoa tem o hábito de comprar muito, sendo essas pessoas denominadas consumistas.
Dicas para reduzir o consumo excessivo
Para reduzir o consumo excessivo é preciso ter disciplina e consciência para não cair nas armadilhas dos incentivos ao consumismo.
De acordo com a planejadora financeira do Grupo H, Beatriz Teixeira, motivos como tédio, padrão de vida e tristeza podem acarretar o consumismo. Segundo ela, a ociosidade que tem acontecido para muitas pessoas durante a pandemia tem causado muitas compras desnecessárias, principalmente pela restrição das saídas.
“Outro ponto é o fenômeno cientificamente comprovado chamado miopia da tristeza. Isso permite que, muitas vezes, a pessoa tenha o prazer apenas no ato da compra e não usufrua, de fato, o que comprou”, explica Beatriz Teixeira.
Com base nesse cenário, trouxemos aqui cinco dicas para te ajudar com isso. Confira:
1 – Evite o uso do cartão de crédito
Da mesma forma que o cartão de crédito facilita e ajuda muito em alguns casos, ele pode se tornar um verdadeiro vilão do consumo excessivo. Principalmente, por causa da facilidade que ele oferece para a realização de compras.
Por isso, evite ao máximo utilizar cartão de crédito, recorrendo a ele somente em casos de extrema necessidade.
2 – Reflita sobre a real necessidade de algo antes de comprá-lo
Quando uma pessoa é consumista ela compra por impulso, por estar barato, porque é bonito, porque as outras pessoas têm, enfim, por diversos motivos.
Mas quase nunca reflete sobre a compra com perguntas como “eu realmente preciso disso? Eu já tenho algo parecido? Vale o preço que está sendo cobrado?”.
Enfim, sempre que possível faça essas perguntas e pense bem se vale a pena comprar.
3 – Crie um objetivo
Ter um objetivo sólido em mente, como por exemplo, fazer aquela viagem dos sonhos no final do ano, pode servir como incentivo para que você pense duas vezes antes de gastar o dinheiro que poderia estar juntando para realização deste sonho.
4 – Evite os canais que facilitam incentivar o consumismo
Essa é uma tarefa difícil, contudo, evite clubes de Compras, sites de cupons de descontos, programas de fidelidade, e-mails marketing e até mesmo passeios ao shopping center.
Ou seja, tudo aquilo que você sabe que desperta em você a vontade de comprar você deve evitar. Muitas pessoas acabam comprando diversas coisas que não precisam simplesmente porque acharam que estava barato.
5 – Separe uma parte do seu salário para guardar mensalmente
Tenha o hábito de guardar dinheiro, pois isso ajudará a diminuir a sua vontade de comprar, montar uma reserva de emergência, além de deixar menos dinheiro disponível para gastar, ajudando a reduzir o consumo desenfreado no dia a dia.
controle de dívidas
Boa parte do consumo excessivo é feito por meio do cartão de crédito
Gaste de acordo com o que você ganha
Apesar das dicas acima, nada adianta se você não tiver um controle de todos os gastos. Quando a pessoa sabe de tudo que entra e sai no seu orçamento é mais fácil evitar o consumo excessivo.
Vale ressaltar que se a pessoa tem um dinheiro extra, por que não investir?
Contudo, para que isso seja possível é preciso avaliar antes de escolher um investimento e o fazer com um objetivo. Seja uma maior segurança para o futuro, um projeto ou até para emergências.