Copom é a sigla para Conselho de Política Monetária, órgão do Banco Central do Brasil responsável pela definição da Taxa Selic. A cada 45 dias o Presidente do órgão e seus diretores se reúnem para avaliar a atividade econômica brasileira considerando as expectativas de inflação e balanços de risco. Normalmente, a reunião dura cerca de dois dias e em consenso entre todos os membros sobre o cenário macroeconômico, define-se a taxa Selic. Atualmente, o Copom tem sido bastante acompanhado, justamente pelas seguidas elevações na taxa Selic. No ano de 2021, por exemplo, a taxa básica de juros fechou o ano em 9,25%. Já durante a primeira reunião do ano de 2022, estabeleceu-se que a Selic deve permanecer em 10,75% pelos próximos 45 dias. Essa é a primeira vez que o indicador chega a marca de dois dígitos após quatro anos. Vale lembrar que a elevação ou queda da Selic possui motivos e embasamento em dados. Então esses números possuem relevância e são um reflexo do cenário econômico brasileiro. Por isso, é extremamente importante acompanhar a evolução desse índice durante esse ano e o que acontecerá ao longo do tempo, já que a elevação reflete diretamente na economia e principalmente em investimentos de renda fixa. Além disso, com uma taxa mais alta, mais capital estrangeiro entra no Brasil para ganhos mais altos em investimentos seguros, o que acaba fazendo a cotação do dólar baixar. Para entender mais sobre o assunto, continue lendo. Selic a 10,75%: o que isso significa? Antes de mais nada, vale ressaltar que o ano de 2021 começou com a taxa Selic em 2% chegando ao patamar de 9,25% em sua última reunião. O aumento surpreendeu até mesmo a expectativa do mercado, chegando a aumentar mais de 1 ponto percentual por encontro. O aumento da taxa Selic possui forte influência numa palavra que as pessoas não gostam muito de ouvir, principalmente aquelas mais velhas: inflação. O Brasil passou por muitos anos por problemas de inflação, sendo obrigado a trocar de moeda consecutivas vezes. Pessoas que viveram esse período se lembram bem como a inflação afetou a vida de todos os brasileiros. Era necessário ir ao supermercado pela manhã, porque na parte da tarde os preços já estavam elevados o suficiente para não conseguir realizar suas compras. Atualmente, o país vive uma fase mais estável desde a implantação do Plano Real, moeda em circulação até hoje. Por isso, toda vez que há uma elevação na Selic, significa que o Banco Central possui o objetivo de desacelerar a economia, impedindo a inflação de ficar muito alta. E ao diminuir a Selic, o objetivo é estimular o consumo e aquecer a economia brasileira, aumentando a inflação quando ela está abaixo da meta. Por fim, durante o ano de 2022, o Copom possui mais 7 reuniões agendadas para definir a taxa básica de juros. Qual a função da taxa Selic? Selic significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia, programa em que instituições financeiras de todo o país compram e vendem títulos do Tesouro Nacional. Ou seja, a taxa Selic é justamente a taxa ligada aos juros desse título público federal. Por isso, a taxa é uma referência econômica de controle da inflação brasileira, o que reflete diretamente na situação econômica passada por nosso país. 9 Membros integrantes do Copom sentados em uma grande mesa com duas tvs atrás Da esquerda para a direita: Paulo Souza, Fabio Kanczuk, Roberto Campos Neto, Fernanda Nechio, João Manoel Pinho de Mello, Otávio Damaso, Maurício Moura, Bruno Serra , Carolina Barros. Todos são membros efetivos do Comitê de Política Monetária. Calendário de próximas reuniões do Copom Como mencionado anteriormente, o Copom possui sete reuniões previstas até o fim do ano de 2022. Por isso, as datas para determinar uma elevação ou queda da taxa Selic são: 15 e 16 de março; 3 e 4 de maio; 14 e 15 de junho; 2 e 3 de agosto; 20 e 21 de setembro; 25 e 26 de outubro; 6 e 7 de dezembro. Membros do Copom O Copom é composto por oito diretores mais o presidente do Comitê. São eles: Paulo Souza, Fabio Kanczuk, Roberto Campos Neto, Fernanda Nechio, João Manoel Pinho de Mello, Otávio Damaso, Maurício Moura, Bruno Serra e Carolina Barros. Gostou do nosso conteúdo? Confira agora qual o impacto da Selic na poupança e nos investimentos de renda fixa.