Na dia 05 de maio, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reajustou a taxa Selic para 3,50% ao ano. Essa já é o segundo aumento consecutivo da Selic em 2021 e é uma resposta do BC à escalada dos riscos fiscais, do câmbio e da inflação. Contudo, essa alta não para por aqui. O Copom já sinalizou que haverá uma nova elevação na e espera que o ano feche em 5,5% conforme as expectativas de mercado. Após todo esse cenário, é comum surgir o questionamento: Como essa movimentação pode afetar seus investimentos? Para isso, é preciso compreender o que é a taxa Selic e qual a sua importância. Continue lendo para entender. O que é a taxa Selic? A Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é a taxa básica de juros econômica. Ela incide em todas as outras taxas de juros brasileiras, como na cobrança de empréstimos, financiamentos e aplicações. Ou seja, seu valor influencia a vida de quase todo mundo. A taxa Selic é um tradicional instrumento do Banco Central para controle da economia e pode ser o principal ponto de decisão para muitos investidores na hora de decidir aplicar o seu dinheiro, como em títulos públicos, planos de renda fixa ou renda variável. Isso quer dizer que, uma alta na taxa Selic influencia diretamente na inflação registrada, no crescimento do PIB e nos índices de consumo e investimento privado. Ou seja, mexe diretamente com a situação das contas públicas e da economia brasileira. Sua alta, por exemplo, impede a redução sem o mínimo de suporte e planejamento. Folha sobre uma mesa com documentos de investimentos A alta da Selic já era esperada pelo mercado financeiro Sou investidor. O que posso fazer agora com a taxa de juros em alta? Este é um bom momento, sobretudo para quem investe em renda fixa. Isso porque as Rendas Fixas utilizam tanto o CDI, como a taxa Selic como referência. Esse aumento dos juros básicos não fará muita diferença de imediato. Mas a expectativa de mais aumentos por aí faz aumentar o brilho dos títulos, que vinham sendo renegados. Em 2015, onde houve o aumento histórico de 14,25%, algumas aplicações chegaram a render 7% a mais do que a inflação registrada. Por isso, saiba quais são as melhores aplicações para se investir nesse momento. Tesouro Direto O Tesouro Direto ganhou notoriedade nos últimos meses com o aumento da inflação e da Selic. Sua venda está atrelada à inflação e a taxa de juros, além de possuir modalidades. Segundo Bernardo Zerbini, gestor de estratégia macroeconômica da AZ Quest, a aplicação mais promissora nesse momento é o Tesouro IPCA. Isso porque ela “paga uma taxa de juros + a inflação do período até o vencimento, o que é vantajoso em tempos de receio de aumento da inflação, especialmente se comparado com o Tesouro Prefixado, que paga uma taxa ‘combinada com o governo’ no momento da compra.” LCA, LCI e CDB Siglas para Letras de Crédito do Agronegócio, Letra de Crédito Imobiliário e Certificado de Depósito Bancário, estes são três investimentos para quem possui recursos, mas possui uma rentabilidade maior que a poupança. Nesse tipo de aplicação, você “empresta” dinheiro para o banco. Esse dinheiro, então, será utilizado pela instituição bancária para suas linhas de crédito. Em outras palavras, você faz um empréstimo para o banco poder realizar outro com o seu dinheiro a uma taxa de juros maior. O LCA e LCI não são opções tão acessíveis assim. Em compensação, são isentos de declaração no Imposto de Renda. Já o CDB aceita investimentos iniciais a partir de R$1.000, mas precisa estar declarado junto ao Imposto de Renda. Lembre-se sempre de investir aplicações em locais que possuem cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que protege investidores caso a instituição financeira seja liquidada.