Taxa de custódia do Tesouro Direto: o que é e como funciona

 Você costuma investir no Tesouro Direto? Está pensando em investir nessa área? Talvez você já tenha escutado falar sobre a taxa de custódia do Tesouro Direto.

Mas sabe o que é? Como funciona? Quando e como essa taxa é cobrada?

É provável que se você investe no Tesouro Direto tenha visto propagandas de corretoras dizendo que é possível aplicar nesse tipo de investimento com taxa zero.

Porém, o custo da taxa de custódia é um que as corretoras não podem eliminar, para a sua própria segurança. Quer saber o motivo?

Antes disso, é importante entender o que é a taxa de custódia do Tesouro Direto.

Essa taxa é cobrada para custodiar os títulos públicos em que você investe pelo sistema do Tesouro Direto. Mantendo assim a aplicação vinculada ao seu CPF.

Além disso, a taxa de custódia remunera a B3 (antiga BM&F Bovespa) pelos serviços de guarda dos títulos, manutenção do sistema e o envio de extratos mensais aos investidores.

Sendo assim, não importa a corretora pela qual você invista no Tesouro Direto, já que sempre terá a taxa de custódia da B3.

Vale ressaltar que a B3 é parceira operacional do Tesouro Nacional. Sendo assim, é possível oferecer títulos públicos para pessoas físicas por meio do programa Tesouro Direto.

E é a B3 que cuida de tudo para que o dinheiro esteja protegido.

Taxa de custódia do Tesouro Direto foi reduzida em 2019

Em janeiro deste ano, a taxa de custódia do Tesouro Direto foi reduzida para 0,25%, enquanto nos anos anteriores era de 30%.

Vale lembrar que a taxa não incide apenas sobre o rendimento, como é o tributo.

Essa redução é resultado da colaboração do Tesouro Nacional e a B3. E o principal objetivo da redução da taxa é incentivar os brasileiros a investirem, em vez de poupar ou guardar o dinheiro.

Ela também veio acompanhada de diversas melhorias no sistema de títulos públicos. Dessa forma, é possível promover um melhor entendimento e mais facilidade no momento de realizar a aplicação.

Como é cobrada a taxa de custódia do Tesouro Direto

Agora que você já sabe o que é a taxa de custódia do Tesouro Direto, deve estar se perguntando como ela é cobrada. Essa taxa é debitada automaticamente da sua conta na corretora.

Dessa forma, é importante ter recursos em caixa para que o débito seja realizado.

E para te ajudar a lembrar do débito, alguns dias antes de cobrar a taxa, o Tesouro Nacional envia um e-mail avisando qual valor será cobrado.

Além disso, a taxa de custódia do Tesouro Direto é calculada todos os dias, com base no saldo diário de títulos das pessoas que investem.

A taxa é de 0,25% ao ano, transformada em uma taxa diária pequena. Esta é equivalente ao valor da custódia de cada dia desde que os títulos foram comprados.

A cobrança também é feita semestralmente: metade do valor é pago no primeiro dia útil de janeiro, enquanto a outra metade no primeiro dia útil de julho.

Mas vale ressaltar que a cobrança pode ser antecipada na ocorrência dos seguintes eventos:

-> Pagamento de juros em títulos com juros semestrais: algumas aplicações pagam os juros por semestres. É o caso do Tesouro Prefixado com Juros Semestrais. Sendo assim, a cobrança da taxa acontece no recolhimento desses juros;

-> Resgate antecipado do título: a cobrança acontece na sua conta da corretora. É cobrado o valor proporcional entre a última cobrança e o dia do resgate;

-> Vencimento do título: é quando chega a data do vencimento do título. A taxa também será proporcional, desde a última cobrança realizada. Acontece da mesma forma que no resgate antecipado.

Vale ressaltar ainda que essa regra é válida somente para os investimentos de renda fixa no Tesouro Direto. 

Além disso, não existe taxa de custódia zero. Caso você tenha visto isso por aí, significa que a taxa zero é da corretora. Ela pode optar em não cobrar dos investidores, porém a taxa de custódia é obrigatória.

Como é calculada a taxa de custódia do Tesouro Direto

O cálculo da taxa de custódia do Tesouro Direto consiste em descontar 0,25% do total aplicado.

Para te ajudar a entender melhor, vamos a um exemplo prático. Pense que você investiu R$1.000 no Tesouro Selic.

Com a taxa a 6,50% ao ano, a rentabilidade bruta, em um ano, será de R$65,11.

Depois, é necessário multiplicar 0,25% sobre o R$1.065,11. Com isso, a taxa de custódia do Tesouro Direto da aplicação ficará em R$26,62.

Com a taxa de 0,30% ao ano, como era anteriormente, o resultado seria de R$31,95. Mesmo que a redução tenha sido pequena, em valores maiores, ela pode se tornar bastante significativa.

É importante frisar que a taxa de custódia é cobrada somente até o saldo limite de R$5 milhões em títulos públicos, por pessoa que investe e em cada instituição financeira.

Taxas do Tesouro Direto: quais são e quanto custam?

Tesouro Direto é um tipo de investimento de renda fixa. Isso significa que, ao aplicar nessa modalidade, você já saberá o valor da remuneração no momento da aplicação.

As regras vão determinar quanto tempo o dinheiro precisa ficar investido e quanto vai render.

Mas, assim como praticamente todos os investimentos, existem taxas do Tesouro Direto.

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